O clichê

11:00

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Assisti todos os contos de fadas da Disney, li romances e mais romances, digitei com todo meu coração e comecei a questionar em 2013 quando escrevi um texto sobre isso. Mudei, me apaixonei, gritei, chorei, beijei, abracei, toquei, senti, sofri, cresci e pisquei os olhos lentamente entre lágrimas para tentar manter a calma. Essa tarde entrei em estado de profunda reflexão enquanto cantava com o volume mais alto da minha playlist mais recente. Tanto tempo passou e eu sempre acabo na frente do computador, digitando tensamente mais uma das minhas aventuras amorosas.
Quando tudo começou, a única coisa que eu queria era desabafar e usar o blog para mandar algumas indiretas ( confesso com muita vergonha que ainda não larguei tal hábito ), então, passei por momentos de pura ambição onde olhava por horas e horas o número de visualizações e quando percebi, já tinha virado um ciclo. Hoje em dia, vejo o blog de forma diferente : ao invés de usá-lo para fazer que as pessoas me entendam ou tentar entendê-las, uso esse meu "diário" como uma forma de entender minha própria mente. 
Lendo textos antigos, vi que minha história virou um filme clichê, ou melhor, vários. A garota que se apaixona e não é correspondida, a garota que se apaixona por alguém comprometido ou a garota que se apaixonou e terminou de rímel borrado. Uso sempre a mesma desculpa : parecia uma boa ideia. Sou aquela garota que segue os instintos cegamente, ou até com algumas consultas ao site da Capricho para ler meu horóscopo. Nossos signos não combinam. Meu horóscopo disse pra namorar alguém de Virgem e acabei descobrindo que sigo mais meus instintos do que as palavras do site. Garota teimosa, prazer. 
Nunca fui a princesa dos contos de fadas, nem a personagem principal do clichê amoroso. Talvez alguns me vejam até como a vilã que atrapalha o casal principal. Sabe aquela que sempre se ferra no final da história? Exatamente isso. Quando era pequena, gostava muito da Sharpay em High School Musical e isso refletiu um pouco no meu futuro. Mas não é uma grande revelação falar que sempre quis o meu romance, certo? 
Acho que é pedir demais por um relacionamento "mais adulto". Nunca gostei desse romances de escola, secretos e sem nem segurar as mãos. No jardim de infância, invejava os casais dos filmes para adolescentes, que iam ao cinema, tomavam sorvete, tinham encontros em lugares bonitos, mudavam status de relacionamento ( acho que isso não existia nessa época, mas dá pra entender ) e passavam o dia dos namorados juntos. Sempre dancei com meu pai, já pensando no meu casamento. Talvez o meu erro tenha sido planejar demais o futuro. 
De qualquer forma, continuo ansiosa pelo meu momento de princesa. Continuo achando que a Sharpay era muito melhor que a Gabriella, na minha opinião, ela era chata e tinha um péssimo gosto pra moda. Não mudei minha opinião sobre as vilãs. A bruxa má da Branca de Neve só estava tentando manter sua reputação, a Rainha de Copas só queria um castelo organizado e bem pintado e a Úrsula desejava uma bela voz que nem a de Ariel e deixou-a ficar com seu príncipe. 
Mas para todas as mocinhas da história, por mais que não tenha jeito de vilã, continuo lutando pelo príncipe.


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